História da Igreja São João Batista

História da Igreja de São João Batista

Fundada em oito de dezembro de 1869, a Catedral de São João Batista levou anos para ser construída. O Pe. Jacob Joye, que veio com os suíços para a cidade em 1819, foi quem conseguiu o terreno com o Barão de Nova Friburgo, sendo ele foi o primeiro Bom Pastor da Catedral,.

Criada em 3 de janeiro de 1820, por decreto de Dom João VI, ratificado no dia 11 de janeiro de 1820, pelo Bispo do Rio de Janeiro, Dom José Caetano da Silva Coutinho, foi consagrada em 25 de agosto de 1985, pelo primeiro Bispo da Diocese de Nova Friburgo, Dom Clemente José Carlos Isnard, OSB.

A Catedral de São João Batista é patrimônio da cidade de Nova Friburgo e do Estado do Rio de Janeiro, recebendo seu tombamento pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) na década de 80.

Igreja Matriz de São João Batista em 1870
Antiga Praça 15 de Novembro, atual Pç Pres. Getúlio Vargas
Igreja Matriz de São João Batista em 1870
Antiga Praça 15 de Novembro, atual Pç Pres. Getúlio Vargas

Em dezembro de 2019, a comunidade celebrou os 150 anos da popularmente conhecida pelos friburguenses como a Igreja Matriz. A Catedral São João Batista abriga em seus átrios a Cátedra de onde o Bispo Diocesano apascenta a grei que lhe foi confiada por mercê de Deus e da Sé Apostólica.

Fonte: Acervo Digital Castro

A vinda dos Vigários e Colonos Suíços

No acordo firmado entre o Governo Brasileiro (Reinado de Dom João VI) e o Governo Suíço, foi determinado que os imigrantes suíços deveriam ser Católicos Apostólicos Romanos, por isso trouxeram os abades Joye e Aeby para servirem aos fiéis.

Na História das migrações dos povos, são poucos os acontecidos semelhantes à da colonização suíça que redundou na fundação de Nova Friburgo. Constituiu-se ela na primeira colonização não portuguesa havida no Brasil, em caráter permanente. A incrível viagem iniciada ao longo do Rio Reno em 4 de julho de 1819 com colonos de Fribourg, Vallet e de Vaud, formando o primeiro comboio da colônia, partiu do porto de Estavayer le lac, por volta do meio dia, sob o ruído dos canhões, após terem recebido a benção de Sua Grandeza Monsenhor Bispo de Lausanne, que foi às margens do lago, acompanhado de parte do seu clero.

Vieram embarcadas um total de 2006, homens e mulheres, de todas as idades. Durante seu decurso nasceram 14 pessoas e 289 encontraram a morte. Embarcaram, na Europa, dois padres, Jacob Joye e Joseph Aeby, o segundo morreu em Santo Antonio de Sá, quando se banhava no Rio Macacu, às vésperas de chegar ao destino.

Todos os colonos chegaram ao seu destino, Morro Queimado (primeiro nome dado à Nova Friburgo), dez dias após a sua chegada ao porto do Rio de Janeiro.

Fundação Dom João VI – Acervo Pró-Memória

Monsenhor Miranda, Grande Chanceler do Rei e Inspetor da Colônia, chegou a Nova Friburgo em 4 de março de 1820. Ele se ocupou da organização das famílias que foram compostas voluntariamente por 16, 17 ou 18 pessoas. Feita essa operação passou-se à preparação dos terrenos para hortas e obras públicas, como abertura de canais, vias públicas, entre outros.

A pedido de Dom João VI, a paróquia da Vila de Nova Friburgo deveria ser dedicada a São João Batista, porque o Rei e sua família eram seus devotos – daí o seu nome de batismo.

Padre Jacob Joye
Padre Jacob Joye
Acervo da Paróquia de São JosŽé do Ribeirão – Bom Jardim – RJ

O primeiro vigário da Matriz foi o Padre Jacob Joye e a pequena Capela estava situada numa subida chamada “Chatô” (hoje Colégio Anchieta). Distando 50 léguas do centro da Vila era um lugar de difícil acesso e, ao chover, era impossível subir até lá (isto em 1820). Esta circunstância dificultava as celebrações religiosas o que desagradava ao Padre Joye e aos fieis.

Enfim estabelece-se a Igreja Matriz

“Comendador Antônio Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, comprou por Um Conto de Réis, de Guilherme Mário Salusse e sua mulher Mariana Salusse um terreno situado na praça principal da Vila para nele ser edificada a Igreja Matriz”. A sua construção durou oito anos, subsidiada pela Província Fluminense.

Aos 8 de dezembro de 1869, na Solene Festa da Imaculada Conceição, foi inaugurada esta nossa Igreja Matriz (hoje Catedral da Diocese de Nova Friburgo) da Paróquia de São João Batista.

Fundação Dom João VI de Nova Friburgo – Acervo Pró-Memória

Diversos sacerdotes com nomes muito conhecidos na história de Nova Friburgo e da nossa Diocese já pastorearam a Catedral. A rua na qual está situada a Igreja Mãe da Diocese, por exemplo, recebe o nome de Monsenhor José Teixeira, sacerdote muito querido entre os friburguenses, que pastoreou por longos anos a Catedral.

Nomes mais recentes como: Pe. Antônio Leão, Monsenhor Antônio Satel, Pe. Marcus Vinicius Brito de Macedo e Pe. Thiago Robadey França também fizeram memória nos átrios da Catedral. Atualmente seu Pároco é Pe. João Machado Evangelho e seu Vigário Paroquial é Pe. Celso Henrique Macedo Diniz.

A Catedral São João Batista é uma Igreja de portas abertas no coração de Nova Friburgo!

Fonte de pesquisa: “A Gênese de Nova Friburgo” – Martin Nicoulin – extraído do Centro de Documentação Dom João VI – Pró-Memória de Nova Friburgo.

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